Resumo
Neste trabalho analisamos duas linhas de produtos da marca brasileira Salon Line: Todecacho, dirigida para o cuidado aos fios crespos e cacheados; e Meu Liso, destinada aos cuidados dos cabelos lisos. O objetivo é identificar, por meio da semiótica da expressividade marcária (PEREZ, 2017), o potencial sígnico contido nos nomes das linhas de produtos e de seus respectivos slogans, a partir do repertório cultural da sociedade brasileira. Os resultados da análise apontam para reforços de estruturas racistas, tanto no nome quanto no slogan, uma vez que Todecacho afirma uma transitoriedade dos cabelos, importante elemento de afirmação da identidade negra, ao passo que Meu Liso demonstra a ideia de posse e permanência dos fios lisos.
Palavras-chave consumo; marcas; identidade; racismo