Resumo
Este artigo analisa efeitos de sonolência construídos no interior três filmes recentes: Honra dos cavaleiros (Albert Serra), Tio Boonmee (Apichatpong Weerasethakul) e Five (Abbas Kiarostami). Nossa hipótese aponta como o sono, assumido como uma reação possível do espectador ante a lentidão de tais filmes, aparece como subproduto de uma nova relação entre espectador e tela, que, por sua vez, performa novas torções em um problema subjetivo já reconhecido por Deleuze em A Imagem-Tempo: a ruptura na ligação entre homem/mulher e mundo.
Palavras-chave cinema contemporâneo; espectoralidade; cinema de lentidão; imagem-tempo