Resumo
A representação da mulher nos cartazes soviéticos nas primeiras décadas após a revolução de 1917 oferece um campo extremamente fértil para a análise das transformações do papel da mulher ocorridas na nova sociedade. Para a nossa análise histórico-semiótica, foram escolhidos dois cartazes: Mulher, aprenda ler e escrever! de Elizavieta Krúglikova (1923) e Abaixo a escravidão da cozinha! de Grigóri Shegal (1931). Ambos evidenciam a oposição entre a baba, isto é, mulher atrasada e analfabeta do passado e a Nova Mulher (definição de Aleksandra Kollontai), bem como algumas contradições presentes no discurso oficial nas primeiras décadas pós-revolução.
Palavras-chave cartaz soviético; estudos da tradução; representação do feminino; semiótica da cultura; história