Resumo
Este artigo analisa como o Diário 1973- 1983, de David Perlov, tece-se em um duplo movimento de recusa e libertação. Com base na análise de alguns signos opacos que se repetem ao longo do filme — fotos sem legendas, nomes sem corpo — e ressaltando as hesitações e oscilações do cineasta na narração, no modo de filmar ou enquadrar, propomos pensar o Diário como um processo de aprendizado e de desapego de dois territórios de origem: a tradição do cinema moderno e o país natal, o Brasil.
Palavras chave David Perlov; filme-diário; cotidiano; passado