Resumo
A obra dedica-se essencialmente à dialética barthesiana sobre a loucura e a sensatez da fotografia, em uma incursão pelo punctum e pelo studium. Para entender o lado profano-afetivopoético da fotografia, o autor recorre às tradições gregas. Além da relação com a mitologia, Fontanari explica a relação que Barthes traça entre a fotografia e a poesia, especificamente o haicai, que, como o puctum, evoca o silêncio e a plenitude, cessando o barulho da técnica, da realidade, em direção à “consciência afetiva”, nas palavras de Barthes. O livro é um tributo ao percurso da imagem codificada para a não codificada, uma poética do afeto, do inexpressável.
Palavras-chave Barthes; fotografia; câmera clara; haicai; mito