O afídeo Sipha flava (Forbes) ocasiona injúrias em capim-elefante e sua biologia é pouco conhecida. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura no desenvolvimento, sobrevivência e reprodução de S. flava alimentada com Pennisetum purpureum. Ninfas com até 12h de idade foram individualizadas sobre seções foliares de capim-elefante e mantidas em condições controladas (12, 16, 20, 24, 28 e 32ºC ± 1ºC, UR 70 ± 10% e fotofase de 12h). O total de 150 ninfas foi usado por tratamento, divididas em 30 repetições, em delineamento inteiramente casualizado. A temperatura base (Tb) foi de 0,83, 1,05, 3,01 e 4,98 para ninfas de primeiro, segundo, terceiro e quarto ínstares, respectivamente, indicando exigências térmicas distintas para os diferentes estádios de desenvolvimento. A Tb foi de 2,08 para a fase ninfal, verificando-se a tolerância a baixas temperaturas. Em temperaturas elevadas (28 e 32ºC), constatou-se redução significativa na sobrevivência. Embora tenha sido constatado maior período reprodutivo e longevidade a 12ºC, quando comparado às temperaturas mais altas, a fecundidade total foi substancialmente reduzida. A duração do ciclo de vida foi cerca de duas vezes maior a 12ºC em relação a 24ºC. A maior produção diária e total de ninfas foi a 24ºC. As temperaturas de 20ºC e 24ºC foram as mais favoráveis para o desenvolvimento e reprodução de S. flava.
Biologia; exigência térmica; pulgão amarelo; Insecta