O Brasil aprovou a pesquisa com embriões em 2005 após inúmeros debates na esfera pública. Entretanto, a polêmica sobre a manipulação do embrião continua no centro de uma agenda social, suscitando controvérsias que pertencem a sistemas vastos de valores e pensamentos. O presente trabalho tem como objetivo analisar a construção social do objeto embrião humano via comunicação social à luz da teoria das representações sociais. Foram analisados com ajuda do software ALCESTE, 447 artigos publicados em 2005 em dois jornais brasileiros: Folha de São Paulo e Folha de Pernambuco. As diferentes tomadas de posição parecem se ancorar em um campo de representações ligado à questão do direito à vida. Os dados não indicam diferenças de abordagem entre as duas publicações.
Embrião; representações sociais; mídia