O artigo discute a semiologia das afasias, que teve início no século XIX com Broca e Wernicke. Não é nosso objetivo fornecer uma lista exaustiva de sintomas e síndromes para tratar do tema, já que buscamos discutir criticamente por que a semiologia das afasias ainda se baseia principalmente em perspectivas orgânicas na prática clínica e na pesquisa científica. Também discutimos as contribuições de Luria e de Jakobson para uma melhor compreensão de como a linguagem está comprometida nas afasias e como a Lingüística Moderna, sobretudo a Neurolingüística Discursiva, pode iluminar o debate. Analisamos alguns dados para ilustrar os pressupostos teóricos e metodológicos das referidas abordagens e discutimos ainda o peso excessivo que as classificações têm no contexto clínico.
Afasia; Semiologia; Neurolinguística; Terapia de fala; Clínica