Neste artigo analisamos uma interação discursiva entre uma pesquisadora e um estudante da Educação de Jovens e Adultos objetivando mostrar sentidos e usos da leitura e da escrita por ele mobilizados. Tomamos como base para nossa discussão os aportes teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural e das teorizações de Paulo Freire, que conjugamos com a concepção de diálogo de Bakhtin. Tal procedimento nos possibilitou, por um lado, entrar na perspectiva do outro, e por outro, fazer relações entre cognição, linguagem e cultura para compreendermos as estratégias metacognitivas de alunos da EJA ao se apropriarem da cultura escolar. Pudemos também evidenciar a íntima relação entre fazer e saber e a importância da escola na transição do pensamento concreto para o abstrato e vice-versa.
Educação de Jovens e Adultos; Leitura e Escrita; Linguagem; Cultura; Cognição