Foram estudados cinco rios na Serra do Cipó, sudeste do Brasil, com o objetivo de avaliar a diversidade de macroinvertebrados bentônicos, os habitats-microhabitats e os recursos tróficos disponíveis. Em cada rio foi estudada a comunidade de macroinvertebrados bentônicos e a composição de alguns grupos taxonômicos (Plecoptera, Ephemeroptera, Trichoptera e Diptera Chironomidae). Foram encontrados padrões de estrutura de comunidades formados por: rio Tanque - Bivalvia, Sphaeriidae, Oligochaeta e Ephemeroptera Baetidae (sugerindo uma relação entre Bivalvia e Oligochaeta no processo de bioturbação e enriquecimento do sedimento quanto ao conteúdo de matéria orgânica); rios Peixe e Preto do Itambé - macrofauna associada a macrófitas aquáticas, refletindo a reação do ecossistema versus a quantidade de nutrientes oriundos das fazendas nas áreas de entorno; rio Cipó - comunidades litoreofílicas; córrego Congonhas - comunidade dependente de depósitos de folhas e algas filamentosas; córrego Indaiá - elevada biodiversidade de macroinvertebrados associados a musgos. Foi formulada uma proposta de zonação biológica no rio Cipó, além de comentários acerca da importância dos macroinvertebrados bentônicos na produção biológica das comunidades aquáticas.
macroinvertebrados; ecologia de rios; Ephemeroptera; Trichoptera; Chironomidae