Objetivo: Identificar níveis de autopercepção de desempenho ocupacional e qualidade de vida de indivíduos com deficiência visual e posterior análise de inter-relação entre os índices encontrados.
Métodos: Estudo descritivo de corte transversal junto a pessoas com deficiência visual inscritas em programa de reabilitação visual. Foram utilizados os questionários COPM para mensuração da autopercepção de desempenho ocupacional, SF-36 para mensuração de níveis de qualidade de vida e questionário de investigação sociodemográfico e perfil dos sujeitos.
Resultados: Vinte três sujeitos compuseram a amostra, sendo 74% com baixa visão, 52,2% do gênero feminino e média de idade de 46,7 anos. A autopercepção de desempenho e aspectos emocionais dos participantes com baixa visão foram melhores do que os com cegueira. Quanto maior era o tempo de deficiência visual, pior era a avaliação da dor. O domínio vitalidade apresentou relação estatisticamente significativa com os domínios estado geral de saúde, desempenho e satisfação, assim como o domínio saúde mental apresentou relação com estado geral de saúde, dor, desempenho e vitalidade.
Conclusão: Quanto melhores foram os índices de saúde mental, melhores foram as avaliações dos domínios físicos, funcionais e sociais, fato que indica a importância de considerar a saúde mental em programas de reabilitação. A COPM e a SF-36 abordam a questão da funcionalidade de maneiras distintas e seus resultados não são compatíveis.
Descritores: Pessoas com deficiência visual; Análise e desempenho de tarefas; Terapia ocupacional; Qualidade de vida