Objetivo Delinear um perfil epidemiológico de pacientes com glaucoma congênito atendidos no serviço de Oftalmologia do Hospital Regional de São José, bem como a evolução destes pacientes com os tratamentos empregados.
Métodos Foi realizado um estudo longitudinal, retrospectivo, descritivo que avaliou 32 pacientes com glaucoma congênito atendidos em ambulatório, desde a primeira consulta quando ingressaram no serviço e consultaram pelo menos duas vezes no período de 1º de março de 2009 até 1º de fevereiro de 2011.
Resultados Houve predominância do sexo feminino (59,37%). Com relação à lateralidade, ambos os olhos foram acometidos em 91% dos casos. A maioria dos pacientes (78,12%) apresentava glaucoma congênito primário. Oitenta e cinco cirurgias foram realizadas para o glaucoma congênito, destes 63,52% foram submetidos à trabeculotomia. A pressão intraocular aferida na primeira e na última consulta diminuiu em 85,93% dos 64 olhos, já em relação à pressão intraocular média houve uma diminuição de 82,81% em relação ao valor na primeira consulta. Ao realizar a comparação do diâmetro corneano horizontal da primeira consulta em relação à última, bem como da primeira consulta em relação à média das aferições de todas as consultas, em 25,42% ocorreu aumento.
Conclusão Nos pacientes com glaucoma congênito, houve predomínio do acometimento bilateral e do sexo feminino. A maioria dos pacientes apresentou diminuição da pressão intraocular na última consulta em relação à primeira e em poucos pacientes houve um aumento do diâmetro corneano horizontal.
Glaucoma/congênito; Glaucoma/epidemiologia; Trabeculectomia; Hidroftalmia; Pressão intraocular