RESUMO
O míldio é umas das principais doenças foliares que acomete o meloeiro durante o período chuvoso na região Nordeste do Brasil. O silício (Si) tem se destacado como um método alternativo para o controle de patógenos tanto por constituir barreira físicas, como na ativação de mecanismos de defesa da planta. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a severidade de míldio em meloeiro durante período chuvoso com aplicações foliares de Si. Durante as chuvas, nos meses de maio a julho de 2022 realizaram-se duas pulverizações de silicato de potássio (12% de Si e 15% de potássio) nas doses de 0; 0,25; 0,50; 1,0 e 2,0 L ha-1, com quatro repetições por dose. Realizaram-se avaliações da severidade do míldio em escalas de notas, índices de clorofila e fluorescência transiente da clorofila a (OJIP). A dose de 2,0 L ha-1 proporcionou melhores resultados retardando o desenvolvimento do patógeno em folhas com incidência da doença. Houve diminuição na severidade da doença de até 68,27%, além do aumento nos índices de clorofila a, b e total, em 8,21%, 13,86% e 9,72%, respectivamente. Além disso, o Si promoveu alterações benéficas nos parâmetros do teste OJIP: ABS/RC; TR0/RC; ET0/RC; ABS/CS0 e TR0/CS0. Durante períodos de alta intensidade de chuvas e temperaturas amenas, a aplicação de Si em meloeiro reduz a severidade do míldio e protege as clorofilas, resultando em maior absorção (ABS), armazenamento (TR0) e transporte de elétrons (ET0).
Palavras-chave Cucumis melo L; Pseudoperonospora cubensis; Estresse biótico; Fitossanidade; Silicato de potássio