RESUMO
O manejo agroecológico pode favorecer a melhoraria dos atributos do solo, com destaque para a matéria orgânica do solo (MOS) e agregação do solo. O objetivo do estudo foi quantificar os teores de carbono das frações húmicas e oxidáveis da MOS de agregados de diferentes origens de sistemas de manejo agroecológico. Foram avaliadas cinco áreas experimentais localizadas no Sistema Integrado de Produção Agroecológica: SAF – Sistema agroflorestal; C-SOL – Café em pleno sol; C-SOM – Café sombreado; AL-FLE – Cultivo em aleias de flemíngia com vagem; e PD – Plantio direto. Os agregados foram separados, identificados e classificados quanto à sua origem ou vias de formação em biogênicos, intermediários e fisiogênicos. Nestes, foram determinados os teores de carbono das frações ácido fúlvico (C-FAF), ácido húmico (C-FAH) e humina (C-FHUM); e das frações oxidáveis (F1 e F2, frações lábeis; e F3 e F4, frações recalcitrantes). As maiores variações nos valores de carbono das frações húmicas foram verificadas nos agregados sob SAF, C-SOL e C-SOM. Em relação ao C-FHUM, nos agregados biogênicos e intermediários de C -SOL, C-SOM e AL-FLE foram quantificados os maiores teores dessa fração. Os teores de carbono das frações oxidáveis apresentaram variabilidade entre os sistemas de manejo, principalmente para as frações F1, F2 e F3 nos agregados sob C-SOL e C-SOM. No sistema de C-SOL verifica-se maior proporção de frações mais humificadas e recalcitrantes da MOS em comparação à C-SOM. As práticas de manejo empregadas nos sistemas agroecológicos de C-SOM, C-SOL e SAF proporcionaram melhorias na qualidade do solo.
Palavras-chave: Vias de formação de agregados; Compartimentalização do carbono orgânico; Qualidade do solo