RESUMO
O balanço nutricional pode apresentar maior exatidão na estimativa das fertilizações dos cultivos em comparação às tabelas de recomendação de fertilização. Para sua eficiência, a construção do modelo necessita de informações relativas à demanda de nutrientes pela cultura e de produtividade. Objetivou-se, então, gerar modelos que melhor relacionem a demanda de cada nutriente pela cultura da beterraba e o índice de colheita de matéria seca com a produtividade de raízes, além de determinar a ordem de acúmulo total e do índice de exportação de nutrientes. O trabalho foi conduzido na região do Alto Paranaíba, MG, Brasil, durante a safra de 2017. Foram amostradas 47 áreas comerciais de beterraba, híbridos Boro e Betty. A produtividade média de raízes de beterraba foi de 68,9 Mg ha-1, com variação de 38,4 a 98,6 Mg ha-1. O modelo linear foi o mais adequado para expressar a relação entre a produtividade e o índice de colheita de matéria seca, e também a relação entre a produtividade e os acúmulos de nutrientes, exceto para o acúmulo total (raiz + parte aérea) de Mn e Zn, que se ajustaram ao modelo de incrementos decrescentes. A ordem de acúmulo total de nutrientes na cultura da beterraba foi: K > N > Ca > Mg > P > S > Fe > Zn > Mn > B > Cu. O índice de exportação da beterraba segue a ordem: Zn > P > Cu > N > Mg > K > S > B > Ca > Fe > Mn.
Palavras-chave: Beta vulgaris L.; Índice de colheita; Exportação de nutrientes; Demanda nutricional; Beterraba de mesa