RESUMO
No Brasil, a produção de melão se destaca pelo alto padrão de qualidade, sendo o uso de fertilizantes um dos grandes gargalos do setor produtivo. Lithothamnium é um produto derivado de algas marinhas e contribui para o fornecimento de cálcio e magnésio, bem como para a melhoria física, química e biológica do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rendimento e a qualidade do melão produzido por diferentes doses (inteiro [W] ou fracionado [F]), intervalos e modo de aplicação de Lithothamnium. O trabalho experimental foi conduzido na Fazenda Dina - Dinamarca Industrial Agrícola, Mossoró, Brasil. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com 11 tratamentos e 4 repetições. As plantas foram colhidas aos 75 dias após a semeadura. Os resultados para a maioria das variáveis não diferiram pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. No entanto, houve diferença estatística para as variáveis produtividade, espessura da casca, firmeza da polpa, pH e açúcares totais. Todos os tratamentos com Lithothamnium apresentaram maior produtividade (25,6 a 29,8 t há-1) e maior espessura de casca (0,8 a 1,02 cm). Em relação à firmeza da polpa, os tratamentos que utilizaram Lithothamnium em nanopartículas e em suspensão concentrada com tempos de aplicação de 10-20-30 e 30-50 apresentaram maiores valores (25,66 a 27,81 N). Para pH, todos os tratamentos com Lithothamnium, exceto o em pó micronizado, apresentaram os maiores valores (6,84 a 6,94). A quantidade de açúcares totais foi maior nos tratamentos T3, T4 e T5 (11,58, 12,50 e 11,78%, respectivamente).
Palavras-chave Algas calcárias; Cucumis melo; Pós-colheita