RESUMO
Objetivo: analisar presença, intensidade e fatores relacionados às condições de trabalho para sintomatologia depressiva em enfermeiros de emergência intra-hospitalar da zona leste paulistana.
Métodos: estudo descritivo exploratório, abordagem quantitativa e qualitativa por aplicação de escalas psicométricas e roteiro de entrevista.
Resultados: 95,24% dos enfermeiros apresentaram sintomatologia depressiva pelas escalas de avaliação pelo observador, maioria com intensidade leve e moderada. Condições inadequadas de trabalho levaram ao sofrimento. Fatores desencadeantes da sintomatologia depressiva foram desorganização do trabalho; relacionamento prejudicial com chefia imediata; comportamento inadequado do médico; agressões; falta de insumos, infraestrutura e recursos humanos; desvalorização profissional. Identificados profissionais com sintomatologia depressiva que, por desconhecerem estar acometidos pelo transtorno, não procuraram por tratamento, continuaram a desempenhar atividades a comprometer sua saúde física e mental, promover prejuízo a assistência prestada.
Considerações finais: alta frequência de sintomatologia depressiva. O ambiente de trabalho precarizado influenciou negativamente na assistência e desenvolvimento da sintomatologia depressiva.
Descritores: Depressão; Condições de Trabalho; Saúde do Trabalhador; Enfermagem em Emergência; Serviço Hospitalar de Emergência