RODRIGUEZ-GONZALEZ CG et al.(10) Espanha |
Análise de causa-raiz e Painel de Especialistas. Unidades de internação num hospital geral universitário com 1381 leitos. |
Administração de medicamentos em Unidades que utilizam Prescrição Eletrônica conectada ao dispensário. |
Erros e eventos adversos na administração de medicamentos baseados num índice de criticidade (Pontuação >100). |
A administração de medicação ao paciente é a fase de maior risco (Pontuação = 2065). A recuperação da medicação no dispensário eletrônico está em 5º lugar no ranking de criticidade (Pontuação = 535). Tipos de erros mais frequentes: dose incorreta Pontuação = 320); medicamento incorreto = Pontuação = 288). |
Subjetividade inevitável na seleção de modos de falha e cálculo de índices de criticidade. Retratam baixo poder de extrapolação dos resultados. |
5D |
CHAPUIS C et al.(11) França |
Análise financeira de fluxo de caixa- antes e depois. Observação direta de 20 profissionais de enfermagem e 20 profissionais de farmácia por 10 dias antes e após a implementação. 03 Unidades de Terapia Intensiva Cirúrgica e um total de 2.082 internações. |
Dispensário eletrônico (Omni RX®). |
Fluxo de caixa global - valor do caixa gerado para reembolsar o capital investido e o valor presente líquido (VPL) do dispensário. *Com uma taxa anual de retorno de 4% e um custo residual em 5 anos, de 10% sobre o preço inicial. |
Redução do custo de armazenamento de medicamentos = 44.298 Euros. Redução do custo dos medicamentos vencidos = 14.772 Euros. O cash flow global (5 anos após) foi de 148.229 Euros e o valor atual líquido do projeto foi positivo em 510.404 Euros. Média de 14,7 horas economizadas por dia para os profissionais de enfermagem e média de 3,5 horas adicionais por dia para os profissionais de farmácia. |
Não calculou taxas ou custos decorrentes de erros de medicação (Desfecho de interesse). |
4C |
COUSEIN E et al.(12) França |
Descritivo, antes e depois. Observação direta da administração de medicamentos pela enfermagem a 314 pacientes internados numa Unidade geriátrica com 40 leitos em um Hospital Geral com 1800 leitos. |
Impacto da distribuição de medicamentos de um sistema de estoque para um sistema de dosagem unitária, integrando um dispensário eletrônico. |
Taxa global de erros com medicamentos. |
Taxa de erros de medicação pré-intervenção= 10,6%; IC 95% 8,1-13,9%. Taxa de erros de medicação pós-intervenção =5,0%, IC 95% 3,5-6,9% (P <0,001), redução do risco absoluto de 5,7%, redução do risco relativo (RRR) = 53%. Erro de dose errada foi reduzido em 79,1% (2,4% versus 0,5%, P = 0,005 e erros com medicamento errado foram reduzidos em 93,7% (1,9% versus 0,01 %, P = 0,009). OR: 0,68 IC 95% (0,46-1,02) |
Não comparou a intervenção e o controle. |
2B |
LO A et al.(13) EUA |
Descritivo, antes e depois. Revisão de prontuários: pré-intervenção (n = 65) e pós-intervenção (n = 56) em uma emergência na Califórnia com 377 leitos. |
Adição de antibióticos intravenosos nos dispensários localizados em unidades de cuidados ao paciente. |
Redução do tempo de início do antibiótico com o uso do dispensário eletrônico no setor de emergência. |
Redução no tempo de prescrição até a administração (de 4,5 ± 4,1 a 2,9 ± 2,5 horas, p =0,009) para as primeiras doses de piperacilina-tazobactam. Houve uma redução significativa de 1,7 horas na média. |
Não utilizou cálculo amostral. Cita um poder estatístico de 57,2%. Houve ainda certa discrepância entre os tempos de aferição pré e pós-intervenção. |
2B |
OTERO LÓPEZ MJ et al.(14) Espanha |
Survey Realizado em 36 hospitais gerais. Avaliação por Escala (Likert), na qual a pontuação máxima possível era de 465 (= todas as práticas foram implementadas). |
Grau de implementação de práticas seguras para a concepção e utilização de dispensários. |
Mapeamento das práticas pouco ou ainda não implantadas nos hospitais relacionadas à adequada utilização do dispensário. |
83,3% dos hospitais haviam implementado a Dose unitária e/ou recurso automatizado. Apenas 1/3 utilizava o dispensário como sistema único de dispensação. Dispensário como sistema principal de dispensação e conectado a prescrição eletrônica: 36,1% dos hospitais que utilizavam dispensário. Pontuação mais baixa atribuída à remoção de medicamentos do dispensário usando a função override (28,4%). |
Não cita a taxa de resposta e o total de questionários enviados ou validados. Entretanto, esse Survey chama a atenção para a configuração da tecnologia alternativa e o alto risco evidenciado pela função override, sugerindo potenciais riscos de erros com medicamentos. |
5D |
HELMONS PJ, DALTON AJ, DANIELS CE(15) Estados Unidos da América |
Descritivo, antes e depois. Um total de 6829 compartimentos em 26 dispensários; e 3855 compartimentos em 24 dispensários foram inventariados 5 meses antes (período pré) e 18 meses após (período pós). Centro médico nos EUA, com 386 leitos. |
Um programa de preenchimento conectado ao sistema de código debarras. *Escanear os medicamentos pré-embalados ainda no estoque confere segurança na administração. |
Erros de abastecimento ou recarga de medicamentos foram definidos como um "bolso" ou compartimento contendo o medicamento errado ou dosagem errada. |
Redução dos erros de recarga do dispensário= 77%, (de 62 erros por 6829 bolsos recarregados (0,91%) para 8 erros por 3855 bolsos recarregados (0,21%) (p <0,0001). Tipo de erro: medicamento errado encontrado na gaveta do dispensário (antes: n=30; 48% versus depois: n=1; 13%). OR:0,23 IC 95% (0,11-0,47) |
Discrepância no tempo de coleta (5 meses antes e 18 meses depois da intervenção). Entretanto, sinaliza o risco potencial associado à tecnologia e os benefícios na utilização de código de barras não somente à beira-leito, mas desde a etapa de estocagem, reforçando o princípio da rastreabilidade. |
2B |
RODRIGUEZ-GONZALEZ CG et al.(16) Espanha |
Estudo de prevalência. Observados 2314 preparos e administrações de medicamentos a partir do dispensário, para 73 pacientes, num hospital com 1537 leitos em Madri. |
Programa informatizado de entrada de pedidos de prescrição (CPOE) conectados a dispensários eletrônicos. |
Erros de administração de medicamentos e os seus potenciais fatores de risco. |
EM: 509 erros foram registrados (22,0%), sendo 68 erros (13,4%) no preparo e 441 erros (86,6%) na administração. Tipo mais comum: técnicas de administração inadequadas (especialmente em relação à ingestão de alimentos (13,9%). Os erros foram classificados em sua maioria como sem dano (95,7%). |
Não menciona o quantitativo de enfermeiros observados e nem o perfil dos pacientes internados nas unidades. |
4C |
SIKKA R et al.(17) Estados Unidos da América |
Descritivo, antes e depois A partir dos registros nos prontuários e dispensários referentes a 951 pacientes adultos com pneumonia, admitidos no setor de emergência de um hospital com 700 leitos em Chicago. |
Alerta/trava no dispensário para dispensação de antibióticos, impedindo a dispensação sem coleta prévia de hemoculturas e resultados. |
Medir o impacto na conformidade com o uso racional de antibióticos. |
A concordância com a obtenção de hemoculturas antes da administração de antibióticos foi de 84% (205/245, IC95%: 79% -88%) e 95% (275/291, IC95%: 92-97%) antes e após a intervenção, respectivamente (p <. 001). |
Não examinou o impacto das variáveis demográficas do paciente, dia da semana, época do ano, ou superlotação da emergência sobre o impacto da conformidade com as culturas de sangue antes do início de antibióticos e não considerou um diagnóstico secundário de pneumonia ou erro diagnóstico. |
2B |
ZAFRA FERNÁNDEZ JL, ISLA TEJERA B, PADRO LLERGO J(18) Espanha |
Avaliação econômica, antes e depois. No período de abril a agosto de 2009 (período pré-implementação) e de abril a agosto de 2010 (período pós-implementação). Enviados 110 questionários com taxa de resposta de 63%. |
Substituição de estoques tradicionais de medicamentos pela implantação de dispensários na Unidade de Terapia Intensiva. |
Redução de custos e satisfação do usuário. |
Redução de custos totais: 24%. Redução de custos com pessoal: 11%. Redução de custos com medicamentos: 24%. Aumento da carga horária de trabalho do auxiliar do Serviço de farmácia (aumentando de 144 horas para 792 horas anuais). Os usuários estão satisfeitos com a implementação e 84% dos enfermeiros recomendaria a outras unidades. |
Não mediu os erros com medicamentos para relacionar com a redução de custos com medicamentos. |
5C |
PEDERSEN CA, SCHNEIDER PJ, SCHECKELHOFF DJ(19) Estados Unidos da América |
Survey Questionário foi respondido pelos chefes do serviço de farmácia em 1439 hospitais. Foram devolvidos 562 questionários e uma taxa de resposta global de 40,1%. |
Inquérito nacional da American Society of Health-System Pharmacists (ASHP) sobre dispensação e administração de medicamentos. |
Levantamento dos sistemas de dispensação e suas características ao longo dos anos. |
Utilizavam sistema centralizado de distribuição por dose unitária: 60%. Utilizavam dispensário eletrônico combinado em seus sistemas de distribuição: 89%. Cerca de 96,2% dos dispensários utilizavam perfis específicos de medicação para os pacientes e isso implicava na verificação prévia pelo farmacêutico antes da liberação do medicamento para a administração. Dos hospitais com dispensários, 65,7% usaram compartimentos com tampa segura individualmente. |
Baixa taxa de resposta. Não menciona a taxa de erros com medicamentos a partir do dispensário ao longo dos anos, mas ressalta que a opção por compartimentos com tampa individualizada e autorização limitada na retirada são necessidades crescentes nos hospitais avaliados. |
5D |
ÁLVAREZ DÍAZ AM et al.(20) Espanha |
Coorte prospectiva. Observação direta das etapas do sistema de medicação por um farmacêutico, em dias úteis, por 6 meses, em um hospital geral na Espanha com 1070 leitos. |
O uso do dispensário com e sem prescrição eletrônica e da dispensação por dose unitária com e sem prescrição eletrônica. |
Prevalência de erros em diferentes sistemas de distribuição de medicamentos. |
Das 54.169 oportunidades de erro, foram observados 2.181 erros. Taxa de erro: estoque= 10,7%; Dose unitária sem Prescrição eletrônica =3,7%; Dose unitária com Prescrição Eletrônica =2,2%; Dispensário sem Prescrição Eletrônica =20,7%; Dispensário com Prescrição Eletrônica =2,9%. OR: 6.72 IC 95% (5,78-7,81) Taxa de erros na etapa de preenchimento do dispensário com medicamentos igual a 20,7%. Tipo de erro mais comum foi omissão de doses com 11% e quantidade diferente de medicamentos encontrados no dispensário com 5,6%. |
Apresentou um único observador em campo. Os meses de julho e agosto foram excluídos da avaliação do estudo sem justificativa e não foram consideradas as prescrições urgentes e nem as dispensações aos sábados, domingos e feriados. |
4C |
SERAFIM SAD et al.(21) Brasil |
Descritivo. Revisão retrospectiva de prontuários e relatórios da farmácia e entrevistas com 83 profissionais enfermeiros, assistentes de farmácia e farmacêuticos em um hospital universitário com 860 leitos e conveniado ao Sistema Único de Saúde Brasileiro. |
Implementação de um sistema informatizado de distribuição de medicamentos (prescrição eletrônica + máquinas de fracionamentos de doses para distribuição por dose unitária + sistemas de códigos de barras). |
Avaliar o efeito nos serviços de enfermagem e na farmácia. |
O rótulo foi considerado legível pela equipe de enfermagem em 82,8% (48/58). O sistema foi considerado seguro por 84,5% (49/58) dos profissionais de enfermagem e por 72,0% (18/25) da equipe de farmácia. Vantagens: eliminação da transcrição manual de prescrições; rapidez no processo; melhor identificação das doses prescritas pelos médicos; rótulos com toda a identificação necessária e praticidade; e segurança na verificação óptica baseada em código de barras dos medicamentos solicitados e dispensados. |
Não mensurou erros de medicação, não informou o total de registros avaliados retrospectivamente e não mensurou a carga de trabalho de enfermagem depois de implementar a nova tecnologia. |
4C |
KOWIATEK JG et al.(22) Alemanha |
Descritivo, antes e depois. Painel de especialistas e auditoria Hospital Universitário em Pittsburgh, com 647 leitos. |
Ferramenta de monitoramento de "override" para realizar auditorias aleatórias e determinar a conformidade/ compliance da conduta da enfermagem. |
Avaliou a segurança no processo de substituição "override" no dispensário. |
Os erros mensais de administração de enfermagem relacionados ao uso de override/substituição diminuíram de 1,13 erros no período pré para 1,07 erros no período pós. A gravidade dos erros não mostrou alterações significativas entre os períodos pré e pós. A hidromorfone e a morfina foram os principais medicamentos envolvidos em erros de medicação de "override", porém, não envolveu danos, mas exigiu monitoramento. |
Não menciona o número de dispensários avaliados e nem a porcentagem de erro sobre o total de medicamentos dispensados. |
2B |
POVEDA ANDRÉS JL et al.(23) Espanha |
Avaliação econômica, (custo-benefício e impacto orçamentário). Analisado 11 sistemas de dispensação automatizados na UTI e emergência em um Complexo Universitário Hospitalar em Madri. |
Implantação de sistemas de dispensação automatizados nos setores de emergência e UTI. |
Custo de implementação da tecnologia. |
O valor inicial foi de 330.557 Euros em 2000 e, ao final de 04 anos, chegava a 61.964 Euros. Relação custo efetiva positiva 1,95. Economia e fluxo de caixa global de 300,525 em 5 anos. |
Não comtemplou custos indiretos com erros envolvendo medicamentos antes e depois da implementação. |
4C |
ÁLVAREZ RUBIO L et al.(24) Espanha |
Descritivo. Emergência de um hospital universitário na Espanha. Dados de relatórios pré e pós- intervenção. |
Implementação de dispensários eletrônicos no setor de emergência. |
Avaliar o custo por paciente, o custo por medicamento e a carga de trabalho. |
Aumento da carga de trabalho do serviço de farmácia, de 3 a 8,75h semanais. Quanto à gestão do estoque, houve uma redução total nos estoques nos setores de 797 para apenas 97 tipos de medicamentos estocados (13%). O valor de estoque recuperado: 922,75 Euros. |
Não especificou o número de dispensários implementados e não realizou estudo piloto para evidenciar os valores de base anteriores à intervenção, como comparador. |
4C |