Lage et al., (2019)(11)
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Descrever os achados clínicos, de neuroimagem e neurofisiológicos de crianças com microcefalia congênita diagnosticada no nascimento, associados à infecção congênita ZIKV. |
Brasil |
102 recém-nascidos com microcefalia |
Microcefalia grave (54,9%), malformações cerebrais (100%); atrofia cerebral (92,1%), ventriculomegalia (92,1%), malformação do desenvolvimento cortical (85,1%) e calcificações subcorticais (80,2%); anormalidades nos exames neurológicos (97,0%), convulsões (56,3%) e artrogripose (10,8%); perda auditiva (17,3%) e deficiência visual (14,1%) dos lactentes. |
Rocha et al., (2019)(12)
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Identificar fatores associados ao diagnóstico de microcefalia em RNs, incluindo infecção pelo vírus zika. |
Brasil |
58 crianças com microcefalia e 116 controles |
A chance de ter um RN com microcefalia foi 14 vezes maior entre as mães que tiveram infecção pelo vírus zika (p < 0,001). |
Trigueiroet al., (2019)(13)
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Descrever o perfil de crianças com microcefalia, cujas mães tiveram infecção por zika durante a gravidez. |
Brasil |
20 RNs com microcefalia |
Alterações oculares (70%) e atrofia macular (30%). Alterações oculares variaram da normalidade à palidez e hipoplasia do nervo óptico, dispersão do epitélio pigmentar da retina na região macular e atrofia macular coriorretiniana. |
Portnoi et al., (2019)(14)
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Avaliar a acuidade visual e o desenvolvimento da acuidade visual em crianças expostas ao vírus zika na gestação. |
Brasil |
23 crianças expostas e 24 crianças infectadas |
A acuidade visual anormal foi encontrada em 5 de 24 crianças infectadas por ZIKV. Das quatro crianças com microcefalia, duas apresentaram perda de acuidade visual e uma apresentou exame de fundo de olho anormal. |
Einspieler et al., (2019)(15)
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Realizar avaliação geral do movimento entre crianças de 9 a 20 semanas de idade; e avaliar o desenvolvimento neurológico aos 12 meses de idade em crianças expostas no pré-natal ao ZIKV e em controles pareados. |
Brasil/ Austrália |
111 crianças expostas e 333 crianças de controle |
Das crianças expostas, 50,4% possuíam desenvolvimento neurológico anormal e sem microcefalia. Das dez crianças expostas ao ZIKV sem microcefalia aos 12 meses de idade, sete não possuíam movimentos inquietos. Crianças com microcefalia tinham paralisia cerebral espástica bilateral; nenhuma teve movimentos normais. |
Venturaet al., (2019)(16)
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Avaliar o desenvolvimento motor grosso de crianças com suposta infecção congênita por vírus zika nos primeiros dois anos de vida. |
Brasil |
77 crianças (idades de 11, 18 e 24 meses) |
Todas as crianças avaliadas no estudo evidenciaram diagnóstico clínico de paralisia cerebral (PC) aos 2 anos de idade. Setenta e quatro (96,1%) mostraram habilidades motoras semelhantes às crianças com 4 meses ou menos, e 73 (94,8%) crianças apresentaram quadriplegia. Não foi encontrada diferença significativa (p = 0,076) entre 18 e 24 meses. |
Cortes et al., (2018)(17)
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Avaliar a prevalência de microcefalia e a frequência das anomalias com base nos exames de imagens; e obter informações adicionais de avaliações histopatológicas placentárias e fetais e de avaliações clínicas pós-natais. |
Colômbia |
12 RNs |
As principais anormalidades encontradas no exame de ressonância magnética foram (11/12; 91,7%) calcificações e ventriculomegalias, anormalidades do corpo caloso (12/12; 100%), malformações corticais (8/9; 89%). Ao nascimento, a maioria dos neonatos afetados (55,6%-77,8%) apresentou medidas de PC > 3 e desvio-padrão abaixo da média. |
Subissi et al., (2018)(5)
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Determinar a associação temporal de um cluster de defeitos congênitos com a infecção pelo vírus zika |
Polinésia Francesa |
21 casos e 102 controles |
Microcefalia (33,3%) e disfunção do tronco cerebral caracterizada por incapacidade de sugar e engolir (23,8%), dentre outros defeitos congênitos no SNC (42,8%). Ventriculomegalia (28%) e artrogripose (14,2%). |
Tsui et al., (2018)(18)
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Caracterizar as manifestações oftálmicas da exposição prénatal confirmada ou suspeita ao vírus zika (ZIKV) |
Brasil |
224 lactentes |
Anormalidades no SNC (40,2%), incluindo microcefalia (27,7%). Anormalidades oculares foram encontradas em 49 de 90 lactentes (54,4%) e correlacionadas com a presença de achados do SNC (odds ratio 14,9; IC 95%: 7,3-30,3; p < 0,0001). Das crianças sem microcefalia ou outras anormalidades no SNC, 3,7% apresentaram anormalidades oculares. |
Zin et al., (2018)(19)
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Avaliar a função visual em lactentes com exposição prénatal confirmada ou suspeita de infecção pelo ZIKV durante o surto de zika. |
Brasil |
173 crianças com microcefalia |
Das crianças avaliadas, 49,1% apresentaram achados anormais no SNC; 35,8%, microcefalia; e 13,3%, outras anormalidades no SNC sem microcefalia. A função visual anormal estava presente em 30% das crianças; alterações oculares, em 26%; nistagmo em 15,6%. |
Hoen et al., (2018)(20)
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Estimar o risco entre mulheres grávidas com infecção sintomática pelo ZIKV. |
Guiana Francesa, Guadalupe e Martinica |
546 gestantes com ZIKV |
Anormalidades neurológicas e oculares associadas à infecção pelo ZIKV foram observadas em 39 RNs (7,0%; IC: 95%, 5,0 a 9,5). A microcefalia foi detectada em 32 fetos e RNs (5,8%): em 1,6%, era grave; em 1,6%, moderadamente desproporcional; e em 2,5%, moderadamente proporcional. Microcefalia grave ou outras anormalidades cerebrais foram observadas em 17 fetos e RNs (3,1%). |
Pinato et al., (2018)(21)
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Investigar as características do sono de RNs/lactentes (88 com SCZ e 48 com desenvolvimento saudável, idade e sexo pareado) usando o Questionário Breve de Sono Infantil. |
Brasil |
136 RNs e lactentes |
Das crianças com SCZ, 34,1% apresentaram o sono ruim; 3,5%, mais de três despertares noturnos; 15% permaneceram acordadas à noite por um período superior a uma hora; e 24% tiveram menos de nove horas do tempo total de sono. O tempo médio de início do sono noturno foi mais tardio para o grupo SCZ. Quando a duração do sono noturno foi analisada, 51% do grupo SCZ e 20,8% do grupo saudável apresentaram menos de nove horas de sono. |
França et al.,(2018)(22)
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Avaliar o crescimento e o desenvolvimento de crianças com SCZ em comparação com crianças saudáveis. |
Brasil |
Crianças SCZ (n = 08) / Crianças sem SCZ (n = 16) |
A taxa de crescimento médio foi menor no grupo de crianças com SCZ (p < 0,05) nas medidas de peso e perímetro cefálico aos 20,5 meses de idade. Houve uma diferença significativa (p = 0,000) no desempenho cognitivo e motor entre os grupos. |
Wheeler AC, (2018)(23)
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Descrever o perfil do desenvolvimento de lactentes com SCZ nas habilidades alcançadas aos 16 meses de idade. |
Brasil |
52 crianças com SCZ |
Das crianças, 81% apresentaram hipertonia grave e contraturas múltiplas; 83,8%, deficiência visual, das quais 41,9% com deficiência grave; 17% evidenciaram deficiência auditiva; 11%, artrogripose. Nenhuma criança mostrou habilidades motoras apropriadas para a idade. Apenas uma (1,9%) foi capaz de sentar-se sem apoio ou andar sem apoio. Cerca de 50% não segurava um objeto pequeno nas mãos e era incapaz de beber líquido em um copo. |
Orofino et al., (2018)(24)
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Relatar achados ecocardiográficos (ECO) em lactentes com exposição prénatal ao ZIKV confirmada laboratorialmente. |
Brasil |
120 crianças com exposição pré-natal ao ZIKV |
Das crianças, 40% apresentaram alterações observadas em ecocardiograma, enquanto 10,8% tinham defeitos cardíacos como: comunicação interatrial, comunicação interatrial ventricular e persistência do canal arterial. Observou-se a frequência de defeitos cardíacos em RNs que foram expostos no 2º trimestre de gravidez ou naqueles em que o exame de imagem do (SNC) estava alterado no período pós-natal ou em prematuro. |
Kikuti et al., (2016)(25)
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Descrever aspectos clínicos e epidemiológicos do surto de anormalidades cerebrais congênitas; e avaliar a precisão de diferentes critérios de triagem do perímetro cefálico |
Brasil |
365 neonatos |
Anormalidades cerebrais congênitas (45,5%), calcificações intracranianas e ventriculomegalia (86,1%). |