Dillen et al., 2014(10) Holanda |
Observacional, Descritivo n= 100 |
Análise do conteúdo dos conselhos às pessoas adultas com obesidade durante as consultas de enfermagem. |
Perder peso, ingerir menos gordura e ser fisicamente ativo foram as principais categorias para cada tipo de conselho. |
Laws et al., 2015(11) Austrália |
Observacional, Mixed methods n=56 |
Levantamento e entrevistas semiestruturadas com enfermeiros sobre orientações acerca da obesidade realizadas durante as consultas de enfermagem de rotina a crianças de 0 a 5 anos. |
Os enfermeiros nunca/raramente usavam gráficos de crescimento para identificar crianças em risco de sobrepeso/obesidade. A maioria aconselhava sobre alimentação e menos da metade estimulava atividade física e discutia, rotineiramente, o comportamento sedentário. |
Bogt et al., 2011(12) Holanda |
Ensaio clínico, Randomizado, Controlado n=457 |
Intervenções para prevenção do reganho de peso de adultos, por meio de orientações por software, realizadas por enfermeiros em comparação às orientações convencionais realizadas pelo médico, durante 3 anos. |
Não houve diferença significativa na mudança de peso nos dois grupos. Em ambos, 60% dos participantes conseguiram manter o peso após 3 anos. Houve diferença significativa na diminuição da glicemia no grupo orientado por enfermeiros, mas não para os níveis pressóricos e lipídicos. |
Barte et al., 2012(13) Holanda |
Quase experimental, Intervenção na comunidade n= 214 |
Os participantes do grupo de intervenção (adultos) receberam um questionário estruturado 7 meses após o término da intervenção para mudança do estilo de vida. Realizaram-se quatro consultas de enfermagem e uma ligação telefônica. |
A satisfação geral dos participantes foi elevada, especialmente daqueles com baixo nível educacional. O enfermeiro foi considerado um motivador para a aprendizagem e manutenção do estilo de vida saudável. |
Dillen et al., 2015(4) Holanda |
Observacional, Descritivo n=100 |
Avaliou-se a qualidade do aconselhamento sobre perda de peso na consulta de enfermagem. |
Os enfermeiros focalizaram o comportamento de pessoas com obesidade, utilizando a comunicação motivacional. Raramente abordavam as barreiras e garantiam apoio no controle do peso. |
Riiser et al., 2014(14) Noruega |
Ensaio clínico, randomizado, controlado n=120 |
Participantes (13-15 anos). O grupo de intervenção recebeu 12 semanas de acesso a um programa on-line que fornecia aconselhamento sobre atividade física com base na teoria de autodeterminação e entrevista motivacional. O grupo controle recebeu o acompanhamento padrão dos enfermeiros. |
A intervenção impactou levemente a aptidão cardiorrespiratória e moderadamente a qualidade de vida. O grupo de intervenção teve um aumento significativamente menor do índice de massa corpórea (IMC) em relação ao grupo controle. |
Isma et al., 2013(15) Suécia |
Observacional, Fenomenológico n=18 |
Entrevistas abertas com enfermeiros visando compreender suas concepções sobre o trabalho preventivo com sobrepeso e obesidade infantil. |
Os enfermeiros conceberam seu trabalho como difícil devido à falta de uniformidade de orientações para a prevenção e gestão da obesidade e sobrepeso. Além disso, a organização e gestão dos serviços eram deficientes. |
Teixeira et al., 2015(16) Portugal |
Observacional, Descritivo n=44 |
Entrevistas semiestruturadas com enfermeiros, médicos e nutricionistas sobre o discurso de profissionais de saúde em face à obesidade. |
Os profissionais apresentavam crenças e atitudes negativas em relação às pessoas com obesidade. Nutricionistas e enfermeiros percebiam-se capazes de influenciar a motivação dessas pessoas. |
Robinson et al., 2013(17) Austrália |
Observacional, Descritivo n=59 |
Questionário e entrevistas semiestruturadas para compreender práticas e atitudes de enfermeiros em relação à prevenção da obesidade infantil. |
Os enfermeiros descreveram o trabalho preventivo como agradável. Setenta por cento estavam interessados em se envolver mais na realização de testes de saúde infantil, e 85% mostraram interesse em se capacitar para fazer prevenção da obesidade infantil. |
Tucker et al., 2013(18) EUA |
Quase experimental, Intervenção na comunidade n=130 |
Intervenção por meio de entrevista motivacional realizada por enfermeiros para a redução do excesso de peso pediátrico em comparação ao cuidado clínico padrão. |
Como efeitos da intervenção, foram encontrados o aumento no consumo diário de frutas/vegetais, atividade física e diminuição das horas de televisão assistidas. |
Jarl et al., 2014(19) EUA |
Quase experimental Séries temporais pré e pós-intervenção n=45 |
Ações implementadas durante 2 meses às pessoas com obesidade associada à hipertensão. Realizavam-se abordagens dietéticas e mudanças de estilo de vida. A intervenção de enfermagem incluiu três grupos presenciais e duas chamadas de aconselhamento individual. |
Os participantes tiveram melhorias estatisticamente significativas na dieta e nos escores de estilo de vida, bem como significativa perda de peso (média 1,6 kg perdido) durante a intervenção de 2 meses. |
Karnon et al., 2013(20) Austrália |
Observacional, Descritivo n=175 |
Análise de dados clínicos e desfechos (peso, IMC, complicações relacionadas à obesidade), uso de recursos (atenção primária, farmacêutica e hospitalar) para avaliação de custo-efetividade de ações de enfermeiros junto a pessoas com obesidade. |
Identificou-se um baixo envolvimento dos profissionais de enfermagem na prestação de atividades clínicas aos pacientes com obesidade. Quando havia envolvimento do enfermeiro, observaram-se menores custos assistenciais e mais pessoas perdendo peso. |
Nolan et al., 2012(21) Inglaterra |
Observacional, Descritivo n=22 |
Entrevistas semiestruturadas com enfermeiros sobre a resposta aos problemas dos pacientes com obesidade e legitimidade do trabalho desses profissionais. |
Elencaram como fatores positivos o vínculo com os pacientes, participação em treinamento e apoio para investir na gestão da obesidade. Como fatores negativos, ressaltaram a falta de prioridade na gestão da obesidade, tempo e clareza sobre os protocolos e sua atuação na prática. |
Blackburn et al., 2015(22) Inglaterra |
Observacional, Descritivo n=34 |
Entrevistas semiestruturadas para explorar pontos de vista, opiniões e experiências de enfermeiros para iniciar uma discussão sobre controle do peso. |
Foram identificadas as barreiras: compreensão limitada sobre cuidados com obesidade, preocupação com as consequências negativas do excesso de peso e falta de tempo e recursos para propor uma alternativa eficaz. |
Yardley et al., 2014(23) Inglaterra |
Ensaio clínico, Randomizado, Controlado n= 179 |
Os pacientes adultos foram alocados em quatro grupos de intervenção: cuidados habituais (n=43), grupo de apoio regular de enfermagem (n=47), intervenção baseada na web apenas (n=45) e intervenção baseada na web com suporte básico de enfermagem (n=44). |
Aos 12 meses, a perda média de peso no grupo de cuidados habituais foi de 2,44 kg; no grupo de apoio regular de enfermagem, 2,50 kg, no grupo baseado apenas na web, 2,30 kg e no grupo de intervenção baseada na web com suporte básico de enfermagem, 4,31 kg. |
Döring et al., 2014(24) Suécia |
Ensaio clínico, Randomizado n=43 |
Programa de intervenções de enfermeiros com pais de crianças para prevenção da obesidade infantil, iniciando quando a criança possui 9-10 meses de idade e terminando com 4 anos. |
O IMC e a cintura das crianças aos 4 anos foram significativamente reduzidos. Os resultados secundários mostraram a melhoria dos hábitos alimentares e de atividade física das crianças e das mães. |
Hansson et al., 2011(25) Suécia |
Observacional, Fenomenológico n=20 |
Entrevistas semiestruturadas para compreender as concepções de médicos e enfermeiros sobre o atendimento à pessoa com obesidade. |
A visão geral da equipe foi de que a obesidade deveria ser priorizada na APS, contudo não consideravam ser de responsabilidade desse nível de atenção, por não a verem como doença. Apesar disso, a equipe concebeu como importante que os pacientes recebessem orientações individualizadas. |
Phillips et al., 2014(26) País de Gales |
Observacional, Descritivo, n=18 |
Entrevistas semiestruturadas com enfermeiros sobre boas práticas e barreiras percebidas por esses profissionais no enfrentamento à obesidade na APS. |
Enfermeiros forneciam cuidados regulares para pessoas com obesidade associada a outras comorbidades. Apresentaram opiniões divididas sobre abordar a obesidade com aqueles considerados saudáveis. |
Gorin et al., 2014(27) EUA |
Ensaio clínico, n=150 |
Famílias com crianças entre 2 e 4 anos receberam, durante 12 meses, aconselhamento breve por médicos e enfermeiros (grupo 1); aconselhamento e telefonemas mensais (grupo 2); aconselhamento e visitas domiciliares mensais (grupo 3). |
As intervenções geraram redução no percentil das crianças, com melhores resultados quando as famílias recebiam aconselhamento e visitas domiciliares. |
Marcos et al., 2014(28) Espanha |
Ensaio multicêntrico, Randomizado n=696 |
Um grupo de adultos com obesidade recebeu aconselhamento sobre mudança de hábitos para redução do peso por enfermeiros com apoio de um psicólogo e o outro grupo recebeu monitorização de rotina. |
O percentual de redução de peso médio foi de 1% para o grupo controle e 2,5% no grupo de intervenção; 18,1% do grupo controle reduziram mais de 5% do peso e, no grupo de intervenção, 26,9%. Após 2 anos, o IMC médio do grupo controle diminuiu 0,9 kg/m2 e, no grupo da intervenção, 2,4 kg/m2. |
Redsell et al., 2011(29) Inglaterra |
Observacional, Mixed methods n=8 |
Entrevistas semiestruturadas com 12 médicos e seis enfermeiras para identificar conhecimentos, crenças e a prática frente à obesidade infantil. |
Os médicos estavam menos confiantes em dar conselhos sobre alimentação infantil do que os enfermeiros, porém mostraram-se mais conhecedores dos riscos da obesidade para a saúde. |
Thabault et al., 2016(30) EUA |
Observacional, Descritivo n=38 |
Intervenções motivacionais realizadas por enfermeiras com adultos com obesidade sobre mudança de hábitos alimentares e incentivo à atividade física |
As intervenções das enfermeiras resultaram em efetiva perda de peso (3,03kg após quatro visitas e 4,85kg após oito visitas); 39% dos adultos perderam 5% ou mais do peso ao final de 12 semanas. |
Derksen et al., 2012(31) Holanda |
Observacional, Descritivo, n=29 profissionais n=24 usuários |
Realizaram-se três grupos focais com adultos e entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde para compreender as experiências sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e prevenção de recaídas da obesidade. |
Os usuários consideraram que os profissionais ofereciam conselhos e recomendações contraditórias, que não correspondiam às suas necessidades e que faltava apoio deles. Os profissionais alegaram falta de qualificação para apoiar e motivar os adultos por não considerarem a obesidade como uma doença crônica. |
Isma et al., 2012(32) Suécia |
Observacional, Fenomenológico n=18 |
Entrevistas semiestruturadas com enfermeiros para identificar as concepções de sobrepeso infantil e obesidade. |
O sobrepeso em crianças mais jovens era negligenciado pelo profissional e percebido como uma consequência do estilo de vida de seus pais, não sendo valorizado durante o período pré-escolar. |
Kelishadi et al., 2012(33) Iran |
Ensaio clínico não randomizado n= 457 |
Intervenções realizadas por médicos e enfermeiras junto a crianças e adolescentes com obesidade associada a comorbidades. |
Constatou-se diminuição significativa das medidas antropométricas e do risco cardiometabólico, assim como o aumento do HDL-C. A prevalência da síndrome metabólica diminuiu 20,8%. |
Korhonen et al., 2014(34) Finlândia |
Estudo de coorte longitudinal n= 906 |
Avaliação de intervenções baseadas em aconselhamento sobre estilo vida, durante 3 anos, por uma enfermeira, com pessoas entre 45 e 70 anos, excesso de peso e comorbidades. |
Cerca de 18% dos indivíduos perderam pelo menos 5% do seu peso inicial e conseguiram manter o resultado por 3 anos; setenta por cento conseguiram estabilizar o peso após a intervenção. |
Engström et al., 2013(35) Suécia |
Observacional, Descritivo n=247 |
Questionários com enfermeiros com a finalidade de descrever atividades clínicas autorrelatadas, opiniões e atitudes em relação à gestão da obesidade. |
As enfermeiras aconselhavam sobre atividades físicas (40,1%) e sobre mudança no estilo de vida (34,8%); 25% raramente/nunca realizaram essas atividades e 78,1%, a avaliação de IMC ou circunferência abdominal. |
Ritten et al., 2016(36) EUA |
Observacional, Descritivo, n=16 |
Adultos receberam cinco visitas domiciliares de uma enfermeira a cada 2 semanas, durante 3 meses, com intervenções comportamentais. |
Constatou-se que os participantes melhoraram a responsabilidade sobre saúde, atividade física, nutrição, crescimento espiritual, gerenciamento do estresse e motivação para uma vida saudável. A pressão arterial sistêmica e o IMC diminuíram significativamente. |
Gunther et al., 2012(37) Inglaterra |
Observacional, Descritivo n=23 |
Entrevistas semiestuturadas com sete médicos, sete enfermeiros e nove pessoas adultas com excesso de peso para descrever dificuldades e facilidades para implementar recomendações sobre a gestão da obesidade. |
Revelaram-se como dificuldades o estigma, a experiência anterior de tratamento, profissionais não querendo assumir a responsabilidade pela gestão da obesidade, falta de consistência no cuidado e habilidades limitadas dos profissionais. Como facilidade, a confiança na relação profissional-paciente. |
Sousa et al., 2015(38) Brasil |
Observacional, Descritivo n=10 |
Entrevistas semiestruturadas com dez enfermeiras de cuidados primários para conhecer suas percepções sobre a obesidade infantil. |
As enfermeiras têm conhecimento sobre a mudança no perfil nutricional da população infantil, além das causas e consequências desse agravo. Relataram estimular a prática de atividades físicas, o uso moderado das tecnologias e a reeducação alimentar. |
Ware et al., 2012(39) Inglaterra |
Observacional, Descritivo n=36 |
Grupos focais para avaliar intervenções conduzidas por médicos, enfermeiras e auxiliares, durante 6 meses, baseadas em técnicas presenciais, e-mail ou por telefone para mudança de comportamento. |
Embora considerassem a carga de trabalho adicional, o programa da web foi visto pelos profissionais como possibilidade da continuidade do cuidado. |
Findholt et al., 2013(40) EUA |
Observacional, Descritivo n=13 |
Entrevistas semiestruturadas com oito médicos e cinco enfermeiros para compreender os problemas que afetam o manejo da obesidade infantil em uma comunidade rural. |
Apontaram-se como barreiras: restrições de tempo, conhecimento limitado e falta de especialistas e de serviços de assistência multidisciplinar. Os profissionais manifestaram interesse em capacitações. |
Little et al., 2016(41) Inglaterra |
Ensaio controlado, Randomizado n=818 |
Intervenção on-line com 24 sessões baseadas na web, durante 6 meses, sobre controle de peso associado ao suporte breve de enfermagem e telefonemas. |
O grupo controle perdeu quase 3 kg ao longo de 12 meses e 21% mantiveram uma redução de peso de 5% no mês 12. No grupo intervenção, houve uma redução de peso adicional de 1,5 kg, sendo que 29% mantiveram o peso no mês 12. |