Resumo
Com base em trabalhos etnográficos, o texto examina e reflete sobre a continuidade existente entre diferentes formas de escrita - materializadas tanto na pedra como na tecelagem, na cestaria, nos livros bilíngues em papel - e a linguagem dos cantos e falas indígenas. Argumenta-se que toda forma de escrita evidencia a capacidade formal do pensamento e da prática humanos. As formas concretas da escrita analisadas expressariam então uma capacidade matemática que se manifesta, assim como a capacidade de linguagem, em todos os povos e culturas, sob modos diferentes, mas que preservam algo que não varia - relações e não conteúdo.
Palavras-chave: Stephen Hugh-Jones; Quipus; Matemática concreta; Formas da escrita; Linguagem