Resumo
Este artigo analisa o episódio intitulado San Junipero (2016) da série britânica Black Mirror, dirigido por Owen Harris, de modo a apontar como aparece a conexão entre morte e tecnologia, manifesta no uso do verbo “to pass” e na presença de uma assim chamada “terapia nostálgica” ao longo da trama. Para tanto, o principal recurso metodológico será identificar como tais noções estão construídas no episódio, mobilizando os conceitos de memória coletiva (Maurice Halbwachs) e vidas móveis (Anthony Elliot e John Urry). Pretende-se, pois, uma análise imanente do material, dando ênfase particular aos seus elementos expressivos - enquadramentos, diálogos, canções, as roupas das personagens, entre outros -, de maneira a identificar os grupos sociais presentes no episódio, via sociologia do cinema de Pierre Sorlin, e, a partir daí, discutir os conceitos mencionadas acima.
Palavras-chave: Sociologia do audiovisual; Black Mirror; San Junipero; Morte e tecnologia; “To pass”