Resumo
O uso específico que cada grupo social faz das infraestruturas latinoamericanas de mobilidade urbana permanece como uma grande incógnita nas ciências sociais e humanas. Esse uso obedece tanto a necessidades específicas quanto a formas de compreensão da cidade semelhantes às cosmogonias subordinadas. A negação ou marginalização dessas práticas culturais pelos poderes públicos afeta os processos de precariedade e exclusão social, mas também no caso estudado formas de resistência simbólica. Para acessar essas especificidades, desenvolvi uma etnografia sobre rodas por mais de um ano em Ciudad Juárez, no México. A estratégia inclui observação-participação e várias técnicas de conversação. Os dados foram contrastados a partir de uma abordagem subordinada juntamente com conceitos de geografia humana e sociologia da mobilidade. Os achados mais marcantes foram a demonstração da apropriação simbólica do espaço público por meio de dois mecanismos que chamo na mobilidade e para a mobilidade.
Palavras-chave: Transporte urbano; Desigualdade social; Cultura tradicional; Etnografía; Espaço urbano