Resumo
O artigo traça um paralelo entre as concepções de Theodor Adorno e Eric Hobsbawm sobre o jazz e intenta uma crítica dos argumentos envolvidos nas concepções estéticas dos autores sobre o gênero musical. Na obra de Adorno, busca discutir o alcance do conceito de indústria cultural e suas considerações em torno do fetichismo e da regressão da audição, resultando em apreciações que ressaltam o caráter ideológico e os traços conformistas do jazz. O contraponto encontrado nos escritos de Hobsbawm destaca no jazz a ampliação das fronteiras no campo da música popular, imbricada às suas origens populares, e a elevação estética dos ouvintes.
Palavras-chave: Adorno; Hobsbawm; jazz; regressão da audição; cultura popular; inovação musical