Resumo
O debate sobre a forma moderna e a autonomia marcaram uma geração de críticos e estetas no Brasil. Especialmente a partir dos anos de 1950 e 1960, a questão da autonomia da arte esteve presente na articulação entre liberdade artística e formação da nação brasileira a partir da internacionalização da arte moderna. A autonomia da arte passou a ser defendida nesse contexto como uma barreira erguida contra a instrumentalização governamental da arte ou a assimilação pelo mercado. São justamente essas duas opções e seu campo de batalha a partir de considerações de Antonio Candido e Mário Pedrosa nos embates discursivos da Guerra Fria. A partir do Ato Institucional de número 5, muitos artistas e Frederico Morais, crítico de arte, começaram a agir e interferir na produção de arte conceitual. Por estarem distanciados do mercado de arte, eles conseguiram se libertar de alguns condicionamentos do sistema artístico.
Palavras-chave: Arte e autonomia; Antonio Candido; Mário Pedrosa; Guerra Fria; Frederico Morais; arte conceitual