Resumo
O artigo busca aprofundar o conhecimento da vertente culturalista do conservadorismo brasileiro, iberista e católico, recorrendo para tanto à obra de Gilberto Freyre, principalmente, a Sobrados e mucambos. Buscaremos perceber como sua obra, recebida positivamente no contexto modernista, nacionalista e antiliberal da década de 1930, por revelar as raízes e a “essência” ou “originalidade” da sociedade brasileira”, passou a ser malvista no período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando o processo de massificação e democratização da sociedade levou os setores mais radicalizados da classe média em expansão a se inclinar para o socialismo. Ao final, indicamos como um imaginário de pertencimento nacional, na forma de referentes positivos comuns, deveu-se em grande medida a autores como José de Alencar e Freyre.
Palavras-chave Periferia; conservadorismo; liberalismo; iberismo; nacionalismo