Resumo
O artigo analisa a recepção da obra de Manuel Bonfim circunscrevendo-a no tempo e no espaço. Para fazer isso, acompanho como Manuel Bonfim tem sido lido desde o lançamento de seu primeiro livro em 1905 e procuro entender os momentos de esquecimento e de reconhecimento de seu pensamento. A postura nacionalista do autor, sua análise sobre a América Latina, sobre o parasitismo ibérico, a defesa do ensino da história pátria são capítulos da trajetória de Bonfim. Para entender o sucesso ou o esquecimento de um autor ou de uma obra deve-se atentar à sua recepção para além do possível valor intrínseco de seu conteúdo. Assim, a aceitação ou o reconhecimento de um autor depende não só das qualidades de suas ideias e de seu texto, mas também de variáveis relacionadas ao campo intelectual existente e do qual o autor faz parte.
Palavras-chave: Manuel Bonfim; Interpretação do Brasil; Antilusitanismo; Ensino da história para criança; Recepção da obra