Resumo
O artigo discute as relações entre criatividade e mercado, no contexto da chamada economia criativa. O argumento é o de que as atividades de criação dos agentes dependem de uma complexa combinação entre diferentes interesses e interações sociais, exprimindo-se sempre de forma contextual. Os profissionais criativos em ciências e artes tenderiam a se interessar não apenas pela busca de bem-estar material, mas também pelo reconhecimento pessoal e pelo sentido ético do que fazem, construindo trajetórias e arranjos de interações diversificadas que lhes permitem acessar recursos relevantes. A discussão é conduzida com base na experiência de profissionais das ciências e das artes que, atuando em universidades e em pequenos empreendimentos na cidade de Porto Alegre, estão ligados a setores da nova economia baseada no conhecimento e na criatividade.
Palavras-chave: Economia criativa; Profissionais criativos; Cientistas e artistas; Porto Alegre; Sociologia Econômica