Resumo
Este artigo discute o conceito de Estrutura de Oportunidades Políticas, central na Teoria do Processo Político, surgido na década de 1960 na América do Norte, e importante para o estudo dos movimentos sociais. Seu objetivo é matizar o uso dessa conceituação após apresentar seu contexto de formulação inicial e abordar as principais críticas, reformulações - internas e externas -, e uma proposta de inclusão da categoria violência, notadamente a partir das experiências latino-americanas. Por meio de uma abordagem qualitativa, com uma extensa revisão bibliográfica, conclui-se que a negligência da polissêmica categoria da violência propiciou uma leitura muitas vezes equivocada das perguntas clássicas desse campo de estudos, a saber, como e por quê se mobilizam os sujeitos. Ademais, é proposta uma leitura que inclui definitivamente os distintos usos de práticas violentas, tanto nos movimentos sociais, quanto para reprimi-los, na análise das oportunidades políticas.
Palavras-chave: Teoria do processo político; Mobilização; Movimentos sociais; Violência; América Latina