Resumo
O artigo trata da recepção de Viagem pitoresca e histórica ao Brasil de Jean-Baptiste Debret, obra rejeitada no Brasil por uma comissão do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1840, pelo caráter crítico com que retrata a escravidão. O pintor francês, malvisto durante o período da Restauração da monarquia, vem para o Brasil a pedido da Corte portuguesa. A condição paradoxal de Debret, que viveu intensamente as mudanças revolucionárias ocorridas na França e posteriormente fica a serviço da monarquia portuguesa, terá impacto sobre a produção e recepção desta obra. Debret cria no Brasil uma obra bifrontal, de dupla face estilística, temática e ideológica.
Palavras-chave Jean-Baptiste Debret; Viagem pitoresca e histórica ao Brasil; Escravidão; Recepção; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro