Resumo
Tendo como tema os movimentos sociais contemporâneos e a produção de sujeitos políticos, a pesquisa de que resulta este artigo analisa o trânsito entre ativismos e o múltiplo pertencimento político a fim de entender a chamada “hifenização” dos feminismos. De cunho etnográfico, a investigação tem como objeto empírico uma rede informal de ativistas que se reconhecem como feministas, têm entre 20 e 30 anos de idade, estão na universidade e provêm de camadas médias urbanas. Elas se apropriam de referências diversas, como o vegetarianismo, o autonomismo, o punk, o direito à cidade, e o anarquismo, tecendo interlocuções e articulações com outras pautas de luta além do gênero. O artigo observa como esses trânsitos são encarnados e tomam corpo no ativismo, por meio de uma análise documental voltada para a produção iconográfica de fanzines, cartazes e documentos de campo.
Palavras-chave Corporalidade; feminismos; fanzine; gênero; sexualidade