Resumo
Pau-Brasil (1925), de Oswald de Andrade, e Boitempo (1968), de Carlos Drummond de Andrade, são obras limiares, à medida que se situam respectivamente na abertura e no fechamento da intermitente era modernista da literatura brasileira. Além disso, as duas coletâneas de poemas revisitam o passado colonial e oligárquico, construindo intepretações singulares sobre a história do Brasil. Nesse sentido, partimos do pressuposto de que elas constroem internamente, cada uma a seu modo, uma historicidade própria, definida a partir de um tempo compósito. Este artigo pretende realizar uma leitura comparada entre as duas obras, a fim de investigar o modo como elas repensam, em viés poético, elementos estruturais de nossa formação histórica e social.
Palavras-chave: Modernismo; Memorialismo; Historicidade; Autoritarismo; Poesia