Resumo
O artigo discute as recentes tendências do cooperativismo, que vem adotando medidas para expandir sua produção em mercados estrangeiros mediante a internacionalização produtiva, processo eficiente quanto à ampliação de vantagens econômicas, mas alicerçado na utilização massiva do trabalho assalariado e na exclusão deliberada dos trabalhadores da base social dos empreendimentos. Evidencia, a partir da experiência italiana, o processo pelo qual as cooperativas vão se afastando de seus princípios originais e transformando-se em empresas nos moldes da empresa capitalista tradicional, com a única diferença de divisão dos lucros entre pequena parte de seus trabalhadores, que são seus associados. Analisa também a posição sindical sobre a proposta de internacionalização das cooperativas. Com base em informações sobre o mesmo processo no Complexo Cooperativo de Mondragón, identifica-o como uma tendência mais geral do cooperativismo atual, ápice de profundo processo de degeneração das cooperativas.
Palavras-chave Internacionalização produtiva das cooperativas; processo de degenerescência das cooperativas; cooperativismo italiano; sindicatos; internacionalização das cooperativas