Este artigo se centra nos intercâmbios cotidianos entre estudantes masculinos do primeiro ano de escolas de setores populares da cidade de Córdoba, Argentina. Propõe-se contribuir com um olhar sobre a violência entre companheiros como algo que emerge da trama de relações juvenis no cenário particular de interação constituído no início do ensino médio, onde se ativam e se reconstituem taxonomias sociais. Toma-se para análise a categoria social local bancar o valentão, e em torno dela articulam-se analiticamente certos imperativos identitários ancorados nas construções de gênero com algumas manifestações de violência entre estudantes. Caracteriza-se a construção da atuação denominada bancar o valentão através de um jogo de diferenças e opostos, de modo tal que se foca a análise nas diferenciações entre estudantes masculinos no processo rotineiro de produção do gênero.
violência; gênero; identidade; estudantes; ensino médio