Neste artigo analisa-se como operam o discurso e a prática de ginecologistas na conformação de percepções e práticas da maternidade em mulheres jovens de classe média portenha. A partir de um desenho descritivo e exploratório, realizaram-se 50 entrevistas em profundidade com mulheres de classe média, de 25 a 35 anos de idade, que se socializaram e vivem atualmente na Cidade Autônoma de Buenos Aires, e 15 entrevistas com médicos ginecologistas que atuam como tais na mesma cidade. Observa-se que tanto as mulheres como os médicos enquadram-se em estereótipos tradicionais de gênero, não obstante o que existem interstícios normativos em suas práticas e percepções cuja análise se desenvolverá aqui, com uma abordagem metodológica qualitativa.
maternidade; gênero; classe média; cidade de Buenos Aires