Resumo
O Encontro Nacional Universitário da Diversidade Sexual (ENUDS) surgiu no ano de 2003 e reúne desde então, com edições anuais, grupos e coletivos que se articulam em torno da temática sobre gênero e sexualidade, consolidando-se como espaço de discussão acadêmica e política. Este artigo é uma análise dos desdobramentos da pesquisa que buscou reconstruir a trajetória socioantropológica dos Encontros. O objetivo é explorar o modo como se apresentam os ideais de liberdade sexual, de dissolução das hierarquias e convenções de gênero e a prática política da “fechação”. Tais ideais são entendidos como dimensões estéticas das manifestações presentes nos espaços do ENUDS a partir de uma categoria central observada no campo: a “experiência”. Procura-se, para isso, explorar os argumentos que justificam essa “vivência”, bem como os momentos de limites e tensões desses ideais num espaço político que se apresenta como “coletivo”, “horizontal” e “não institucionalizado”.
Palavras-chave: ENUDS; movimento LGBT; diversidade sexual; experiência