Resumo
A partir de uma etnografia com usuários e profissionais de saúde de um serviço especializado em HIV/Aids no Sul do Brasil, o artigo discute a aplicação de novas estratégias de prevenção em populações vulneráveis, em especial entre homens. Argumenta-se a importância de considerar as formas criadas e adaptadas pelos homens para manejar os riscos de infecção pelo HIV nessas estratégias. Aborda ainda como as práticas e mensagens de prevenção são moldadas por indivíduos e comunidades para adequá-las aos seus desejos e práticas sexuais, tendo as relações de gênero e as vulnerabilidades papel central no uso que usuários e profissionais de saúde fazem das políticas e das ferramentas biotecnológicas disponíveis. Nesse sentido, o estudo lança luz sobre como a construção das masculinidades conformam o modo pelo qual os homens acionam estratégias de prevenção ao HIV/Aids.
Palavras-chaves: Masculinidades; Aids; Vulnerabilidade em Saúde; Profilaxia Pós-Exposição; Promoção da saúde