Resumo
O presente trabalho tem como fio condutor as experiências de homens brasileiros que migraram para Portugal para exercerem o trabalho sexual como escorts. Para tanto, a partir de entrevistas e observações online, serão formuladas reflexões acerca de suas interações com clientes europeus, as características do mercado sexual no qual se inseriram, bem como as negociações subjacentes à prática prostitucional. As conclusões mostram como ocorre a marcação da diferença nesses contextos, referente a cor, gênero e sexualidade. Demonstramos que, mesmo em contextos assimétricos, sujeitos e identidades “subalternizadas” possuem agência e utilizam, a seu favor, marcas de seus corpos e de suas identidades em um processo contínuo e constitutivo de subjetividades.
Palavras-chave: escorts; migração; mercado sexual; agência; Portugal