Resumo
Neste artigo proponho uma reflexão sobre os efeitos dos discursos de ódio, entrelaçando discursos proferidos por grupos anti-feministas e pela Ministra Damares Alves, incluindo a recepção a essa produção. Atenta à disputa pelas noções de liberdade e de direitos humanos, argumento que o termo “feminista” é transformado em categoria acusatória por meio de desqualificações pessoais, inculcando a dúvida sobre as reivindicações de direitos, refletindo na formulação de políticas públicas. Se a dúvida sobre as mobilizações feministas podem ser mais localizadas no discurso extremo, tento mostrar como o rechaço a algumas pautas abrange os autodenominados, e/ou percebidos como, progressistas, inclusive na multiplicidade dos movimentos feministas.
Palavras-chave: discursos de ódio; antifeminismo; Damares Alves; emoções; políticas públicas