Resumo:
Neste artigo apresento uma reflexão sobre a masculinidade pensada e gestada entre os participantes de festas de orgia para homens na cidade do Rio de Janeiro. Com base em dados de campo de uma pesquisa etnográfica que desenvolvi ao acompanhar a organização e realização desses eventos foi possível perceber a elaboração de determinados princípios que dão conteúdo e expressão a essas festas. O primeiro deles é o da masculinidade. Apenas homens, e um determinado tipo de homem, podem participar desses eventos. Nesse artigo abordo essa figura do “macho”, suas práticas, sua construção nesse contexto, seus paradoxos e tensões com outros elementos. Procuro tanto apresentar a produção daquilo que surge denominado como “caráter espartano”, quanto problematizar diferentes formas de “habitar a norma” apresentadas nesses contextos.
Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Masculinidade; Interseccionalidade; Hierarquia