Resumo
Neste artigo reflito sobre a polissemia envolvida no registro, envio e circulação (autorizada ou não) de nus fotográficos digitais. Proponho que esta prática e os discursos que ela implica sejam pensados tanto em termos de “uma nova reviravolta nos regimes de visualidade, uma transição para novas formas de ver, viver e simbolizar a própria nudez corporal e a dos outros” (Sibilia, 2015, p. 42) e como articulador dos “limites da sexualidade” (Gregori, 2016). Isto envolve flexões nas classificações sociais que organizam as normas sexuais como aceitáveis ou repreensíveis e uma disputa complexa sobre a expansão e as restrições às fronteiras entre consentimento e abuso, norma e transgressão, legítimo e imoral, saudável e violento.
Palavras-chave: nudes vazados; Internet; direitos sexuais; sexting; nudes