Resumo
Inscrito no campo da história da sexualidade, este artigo aborda a crítica eugênica argentina pós-Segunda Guerra Mundial sobre as práticas tradicionais de sedução, como o “flirteo”, o “piropo” e o “levante”. Encontrando seu principal suporte teórico em uma moralidade sexual baseada no imperativo da sexualidade (apenas) para a reprodução, como foi promovido pela variante mais aceita da disciplina galtoniana na Argentina, a crítica eugênica sobre essas práticas as considera como indicadores das aptidões morais dos futuros cônjuges. Reconhecendo a necessidade de uma abordagem dessas ideias eugênicas a partir de uma perspectiva histórica de longa duração, o artigo se concentra na proposta de normalização das estratégias de sedução promovidas pela eugenia tardia local, compreendida no período de 1945-1980.
Palavras-chave história da biopolítica; eugenia; sedução; flerte; Argentina.