Resumo
Neste artigo exploro a dimensão afetiva envolvida nos processos participativos orquestrados por programas de inclusão social juvenil dirigidos a mulheres jovens de setores populares urbanos de Buenos Aires. Com base na análise etnográfica, explico como esses processos participativos, organizados em torno de repertórios afetivos ligados principalmente à dor, ao desconforto, à indignação e à solidariedade, configuram um exercício de governo de género. Para isso, analiso as propostas de trabalho institucional focadas na construção de “projetos de vida” autônomos pelos destinatários a partir de sua participação nos programas. Também as respostas das jovens à produção afetiva orientada para a construção de um futuro e exigido pelos programas como chave para a sua inclusão social.
Palavras-chave: política social; emoções; mulheres jovens; gênero; violência.