Desempenho de fitas gotejadoras aplicando rejeito da osmose reversa da indústria de cera de carnaúba

RESUMO

A escassez hídrica e a busca por alternativas de reúso da água são desafios enfrentados no semiárido brasileiro. Objetivou-se, com este trabalho, predizer o risco de obstrução de gotejadores por atributos de qualidade da água e analisar os efeitos das águas residual de indústria e de abastecimento no desempenho hidráulico de gotejadores. Para isso, foram montadas duas bancadas experimentais, onde o delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado em parcelas subsubdivididas com três repetições. Tendo nas parcelas os tipos de água (água de abastecimento e rejeito da osmose reversa), nas subparcelas os tipos de gotejadores não autocompensantes (NST - 1,6 L h^-1, NSL - 1,6 L h^-1 e NDT - 1,7 L h^-1) e nas subsubparcelas os tempos de avaliação do coeficiente de uniformidade de distribuição e da vazão relativa (0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160 horas). Nos tempos 0, 80 e 160 horas efetuou-se a caracterização dos atributos pH, condutividade elétrica, sólidos suspensos totais, sólidos dissolvidos totais, cálcio, magnésio, ferro e manganês nos dois tipos de água. Os dados foram submetidos à análise descritiva, ANOVA e teste de Tukey à 5% de probabilidade. Na água residual os atributos que representaram risco de obstrução para gotejadores foram o pH, condutividade elétrica, magnésio e sólidos dissolvidos totais, enquanto na água de abastecimento somente o pH. A interação tipos de águas e tempo de operação afetou significativamente os dois indicadores de desempenho hidráulico, entretanto não houve efeito significativo do fator tipos de gotejadores.

Palavras-chave Copernicia prunifera; Emissores; Reúso; Uniformidade de distribuição; Obstrução